
O CNJ, por unanimidade, instaurou, nesta terça-feira, 14, processo administrativo disciplinar contra desembargador Luís Cesar de Paula Espíndola, do TJ/PR, acusado de fazer declarações ofensivas a mulheres durante o julgamento de caso de suposto assédio de professor a aluna de 12 anos.
O colegiado também decidiu manter o afastamento do magistrado, que permanece fora de suas funções há mais de um ano por determinação do próprio CNJ.
Durante julgamento na 12ª câmara Cível do TJ/PR, o desembargador Luís César de Paula Espíndola, que já foi condenado pela lei Maria da Penha, causou polêmica ao comentar um caso de medida protetiva envolvendo uma menina de 12 anos que relatou ter sido assediada por um professor. O magistrado criticou o “discurso feminista” e afirmou que “as mulheres estão loucas atrás dos homens”.
“Se Vossa Excelência sair na rua hoje, quem está assediando, quem está correndo atrás de homens são as mulheres, porque não tem homem. Hoje em dia, o que existe é que as mulheres estão loucas atrás dos homens, porque são muito poucos. A mulherada está louca atrás de homem”, afirmou.
O magistrado já foi condenado em março de 2023, pelo STJ, por agressão à irmã, mas a Corte permitiu a volta dele ao cargo. Ele também já foi absolvido de denúncia por lesão corporal contra uma dona de casa, sua vizinha, após a vítima e as testemunhas não comparecerem a depoimento.
Fonte: Migalhas