| 4 outubro, 2025 - 18:30

STF tem maioria para manter Sérgio Moro réu por calúnia contra o ministro Gilmar Mendes

 

Relatora do caso, a ministra Cármen Lúcia votou pela rejeição do recurso. Para a ministra, a defesa busca apenas rever a decisão sem apresentar elementos novos.

Foto: Carlos Moura/Agência Senado

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem maioria para rejeitar recurso e manter como réu o senador Sergio Moro (União-PR) por calúnia contra o ministro da Corte Gilmar Mendes.

A ministros Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes votaram nesta sexta-feira (3) por esse entendimento, enquanto o ministro Flávio Dino, que acompanhou os dois, votou neste sábado (4).

O recurso da defesa do senador começou a ser julgado pela Primeira Turma do STF, no plenário virtual — quando os votos são inseridos no sistema eletrônico.

Moro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF pelo crime de calúnia, após um vídeo viralizar mostrando o senador em um evento social e falando em “comprar um habeas corpus” do magistrado. Em junho de 2024, a denúncia foi recebida, por unanimidade, no colegiado.

Ao Supremo, a defesa do senador argumentou que Moro não teve o objetivo de ofender Mendes.

Relatora do caso, a ministra Cármen Lúcia votou pela rejeição do recurso. Para a ministra, a defesa busca apenas rever a decisão sem apresentar elementos novos.

“O exame da petição recursal é suficiente para constatar não se pretender provocar o esclarecimento de ponto obscuro, omisso ou contraditório ou corrigir erro material, mas somente modificar o conteúdo do julgado, para fazer prevalecer a tese do embargante”.

A ministra afirmou que a denúncia tem os elementos necessários para a abertura de uma ação penal contra o senador.

“A denúncia atende ao disposto no art. 41 do Código de Processo Penal e nela se descreve, com o cuidado necessário, a conduta criminosa imputada ao embargante, explicitando-se os fundamentos da acusação”, escreveu Cármen Lúcia.

Ela foi acompanhada pelo ministro Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Ainda faltam votar os demais ministros da Primeira Turma: Cristiano Zanin e Luiz Fux.


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