| 17 agosto, 2025 - 07:35

Por maioria, STF mantém anulação de atos da Lava Jato contra Antonio Palocci

 

A defesa alegou perseguição e violação de garantias processuais. O relator destacou que a nulidade não é afastada pelo acordo de delação premiada de Palocci, que segue válido por não ter sido questionado.

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Por 3 votos a 2, a 2ª Turma do STF manteve decisão do ministro Dias Toffoli que anulou todos os processos da Lava Jato contra o ex-ministro Antonio Palocci, conduzidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

Formaram a maioria Toffoli (relator), Gilmar Mendes e Nunes Marques. Divergiram Edson Fachin e André Mendonça.

Toffoli considerou que o caso de Palocci se insere no mesmo contexto de ilegalidades já reconhecidas pela Corte, em razão da parcialidade do ex-juiz Sergio Moro e do conluio com procuradores da força-tarefa, revelado pela Operação Spoofing. Os diálogos indicam combinação de estratégias, quebra do contraditório e uso de prisão como coação.

A defesa alegou perseguição e violação de garantias processuais. O relator destacou que a nulidade não é afastada pelo acordo de delação premiada de Palocci, que segue válido por não ter sido questionado.

Fachin e Mendonça votaram contra. Fachin entendeu que não havia identidade entre o caso de Palocci e os precedentes citados. Mendonça afirmou que os diálogos da Spoofing deveriam passar por perícia e que havia provas independentes contra o ex-ministro.

Com isso, permanecem anulados todos os atos processuais contra Palocci na Lava Jato, exceto sua colaboração premiada.

Com informações de Migalhas


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