
A Justiça de São Paulo revogou a liminar que suspendeu a implantação das escolas cívico-militares no estado. Com a decisão, o cronograma e o processo seletivo para contratação de monitores e monitores-chefes serão retomados. Eles atuarão em 100 escolas estaduais.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) havia acionado a Justiça contra a contratação de policiais militares como monitores, mas o governo afirma que a ação foi considerada inconstitucional.
O processo seletivo é destinado a policiais da reserva e inclui análise de títulos, avaliação de antecedentes e entrevistas. O resultado sai em 26 de agosto, com início das atividades em 8 de setembro. Os selecionados terão até 40 horas semanais e passarão por capacitação obrigatória.
No 1º semestre de 2025, a Seduc-SP escolheu as 100 primeiras escolas por meio de votação da comunidade escolar. Como houve mais de 100 aprovadas, foram aplicados critérios técnicos de desempate.
A presidente da Apeoesp e deputada estadual, professora Bebel, afirmou que novas ações serão movidas para barrar o programa, alegando inconstitucionalidade. Segundo ela, a implementação ainda este ano é inviável.
A vice-presidente do Sindicato dos Especialistas de Ensino Público (Sinesp), Letícia Grisólio Dias, teme aumento da repressão aos estudantes, prejuízo à gestão democrática e possível abuso de autoridade. O sindicato também questiona o financiamento e a possível terceirização da gestão escolar.
Letícia defende soluções pedagógicas para questões disciplinares, como comissões de mediação de conflitos, sem a presença de militares.
Com informações da Agência Brasil