| 19 junho, 2025 - 17:50

Homem que destruiu relógio de Dom João VI no 8 de janeiro deixa prisão sem tornozeleira

 

A decisão foi proferida pelo juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro na última sexta-feira (13). De acordo com o magistrado, Antônio já cumpre os requisitos para a progressão de regime.

Reprodução

O mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, responsável por ter quebrado um relógio do século 17 em exposição no Palácio do Planalto durante os atos antidemocráticos de 8 de Janeiro, foi solto e cumprirá a pena de 17 anos de prisão em regime semiaberto.

A decisão foi proferida pelo juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro na última sexta-feira (13/6). De acordo com o magistrado, Antônio já cumpre os requisitos para a progressão de regime. O mecânico estava preso havia 2 anos e quatro meses, em Uberlândia (MG).

Inicialmente, ele deveria cumprir a pena em um albergue, mas a comarca não dispõe desse tipo de estrutura. Assim, Antônio sairá da prisão sem precisar retornar à noite, por estar em um regime semiaberto humanizado.

Segundo o juiz, o réu deverá permanecer em sua residência em tempo integral até que uma proposta de trabalho junto à unidade prisional seja liberada, não podendo se ausentar de casa “em nenhuma hipótese”.

Antônio deverá comparecer ao presídio Professor Jacy de Assis sempre que for solicitado — local que ele deixou no início da tarde de quarta-feira (18/6) — e manter seu endereço atualizado. Apesar da liberdade, ele não usará tornozeleira eletrônica por falta do equipamento no estado.

“Ocorre que é de conhecimento deste magistrado (ofício monitoração n. 644/2022) que não há tornozeleiras disponíveis no estado, sendo que não consta data prevista para a regularização da situação atual”, escreveu o juiz.

“Desta forma, considerando que o reeducando não pode ser prejudicado em razão da morosidade do Estado, determino o imediato cumprimento do alvará de soltura sem tornozeleira, devendo a unidade prisional incluir o reeducando(a) na lista de espera para inclusão do equipamento eletrônico e deverá entrar em contato com o sentenciado(a) agendando a inclusão do equipamento assim que disponível”, salientou Ribeiro.

Fonte: Metrópoles


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