| 19 fevereiro, 2025 - 09:17

PGR diz que Bolsonaro concordou com plano para matar Lula

 

Jair Bolsonaro (PL) tinha ciência do plano para matar o atual presidente, Lula (PT), seu vice Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), enviada à Corte na noite desta terça-feira (19/2), o ex-chefe do Executivo teria acompanhado a operacionalização das tentativas

Jair Bolsonaro (PL) tinha ciência do plano para matar o atual presidente, Lula (PT), seu vice Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), enviada à Corte na noite desta terça-feira (19/2), o ex-chefe do Executivo teria acompanhado a operacionalização das tentativas de assassinato e estava por dentro de quando ela seria executada.

“A ciência do plano pelo presidente da República e a sua anuência a ele são evidenciadas por diálogos posteriores, comprobatórios de que Jair Bolsonaro acompanhou a evolução do esquema e a possível data de sua execução integral”, afirmou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, do documento.


Gonet relata a existência de um áudio, enviado à PGR em inquérito da Polícia Federal (PF), em que o general da reserva Mário Fernandes, apontado como autor do plano, afirma ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que havia debatido pessoalmente com o ex-presidente o momento ideal para a concretização da operação.

Reprodução

No áudio, enviado por WhatsApp, Fernandes dizia: “Durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo, não
seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo. Mas (…) ai na hora eu disse, pô presidente, mas o quanto
antes, a gente já perdeu tantas oportunidades”.

Para Gonet, “o áudio não deixa dúvidas de que a ação violenta era conhecida e autorizada por Jair Messias Bolsonaro, que esperava a sua execução ainda no mês de dezembro. O grupo planejava agir com a maior brevidade possível, a fim de impedir a assunção do Poder pelo novo governo eleito”.

Jota


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