| 6 setembro, 2024 - 11:36

Operação Plata: investigado pelo MPRN é condenado a 84 anos de prisão por lavagem de dinheiro

 

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve a condenação de sete pessoas na Operação Plata, deflagrada em fevereiro de 2023. O principal elo dos crimes, Geraldo dos Santos Filho, conhecido por Pastor Júnior, recebeu a maior condenação: 84 anos de reclusão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Na denúncia

Imagem, em primeiro plano, de um martelo em madeira e detalhes dourados; em segundo plano, livros empilhados.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve a condenação de sete pessoas na Operação Plata, deflagrada em fevereiro de 2023. O principal elo dos crimes, Geraldo dos Santos Filho, conhecido por Pastor Júnior, recebeu a maior condenação: 84 anos de reclusão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Na denúncia que resultou nas sentenças, o MPRN indicou que o grupo formou-se para o fim específico de cometer os crimes através da aquisição e da transmissão de imóveis, da realização de depósitos não identificáveis e da distribuição de numerário em espécie. Os réus dissimulavam e ocultavam a origem e propriedade de bens e valores oriundos dos crimes praticados por dois irmãos, em benefício de familiares e pessoas próximas a eles. A suspeita é de que o grupo criminoso tenha lavado mais de R$ 23 milhões com a compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com o uso de igrejas.

A operação do MPRN foi desenvolvida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com o apoio da Polícia Militar do RN e dos Ministérios Públicos de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba e, ainda, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

As investigações que culminaram na ação foram iniciadas em 2019, com o objetivo de apurar o tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, além do crime de lavagem de dinheiro. O esquema era liderado por Valdeci Alves dos Santos, também conhecido por Colorido. Valdeci é originário da região do Seridó potiguar e era apontado, até 2022, como a segunda liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas ruas, facção criminosa que surgiu nos presídios paulistas e que tem atuação em todo o Brasil e em países vizinhos.

Penas aplicadas individualmente:

  • Gilvan Juvenal da Silva recebeu a pena de 23 anos e oito meses de reclusão e 87 dias-multa;
  • Valdeci Alves dos Santos, 17 anos, três meses e 20 dias de reclusão e 64 dias-multa;
  • Thais Cristina de Araújo Soares, 19 anos de reclusão e 70 dias-multa;
  • Lucenildo Santos De Araújo, 13 anos e seis meses de reclusão e 52 dias-multa;
  • Joaquim Neto dos Santos, 12 anos e oito meses de reclusão e 50 dias-multa;
  • Roberto dos Santos, 13 anos de reclusão e 50 dias-multa;
  • Geraldo dos Santos Filho, a 84 anos, 11 meses e 20 dias de reclusão e 299 dias-multa

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