| 25 maio, 2023 - 10:50

TJ-MG aposenta juíza que criticou inquéritos do STF

 

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) aposentou compulsoriamente a juíza Ludmila Lins Grilo nesta quinta-feira, 25. A magistrada foi afastada pelo Conselho Nacional de Justiça, em fevereiro deste ano, por críticas ao inquérito do Supremo Tribunal Federal que apura supostas fake news. A aposentadoria compulsória é assinada pelo presidente do TJ-MG, desembargador José Pereira Filho. Por

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Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) aposentou compulsoriamente a juíza Ludmila Lins Grilo nesta quinta-feira, 25. A magistrada foi afastada pelo Conselho Nacional de Justiça, em fevereiro deste ano, por críticas ao inquérito do Supremo Tribunal Federal que apura supostas fake news.

A aposentadoria compulsória é assinada pelo presidente do TJ-MG, desembargador José Pereira Filho. Por ora, não se sabe o que motivou a decisão.

À época da abertura da investigação pelo CNJ, Ludmila alegou ser vítima de um “assassinato de reputação” e de um “estardalhaço midiático”. Ao se defender das acusações de faltas sistemáticas ao trabalho presencial, baixa produtividade, morosidade e exercício paralelo de atividade empresarial, a magistrada disse que deixou o expediente presencial e começou a fazer audiências, a partir de cidades alternadas, porque passou a sofrer ameaças relacionadas ao trabalho.

“O Gabinete de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça expressamente recomendou que o público não tivesse ciência da minha localização física, pois isso implicaria imediato risco de vida”, disse. “Eu mesma tive de prover a minha própria segurança, trabalhando integralmente por videoconferência.”

O segundo processo disciplinar é sobre “manifestações político-partidárias” da juíza em entrevistas, eventos e nas redes sociais. O CNJ vai investigar se ela violou o dever de imparcialidade.


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