Durante julgamento do Caso Eliseu Santos, ex-vice-prefeito de Porto Alegre e ex-secretário da Saúde morto em 2010, o advogado e o promotor se estranharam.
Quando o advogado fazia a defesa do seu cliente, o membro do parquet diz que o advogado é agressivo, está inseguro e “parece um poodle latindo para um pitbull”. O advogado, então, pede respeito.
Em outro momento, o promotor diz que sua honra está sendo ofendida e os ânimos se exaltam.
O caso
O crime foi cometido em fevereiro de 2010, em Porto Alegre, quando Eliseu Santos, então secretário de Saúde de Porto Alegre, foi atingido, em via pública, por dois disparos fatais de arma de fogo. Ele estava acompanhado da mulher e da filha na saída de um culto religioso e foi baleado por pessoas que se aproximaram em um Vectra.
O motorista do veículo, Robinson Teixeira dos Santos, já foi condenado a 33 anos, cinco meses e 15 dias de prisão pelo assassinato do ex-secretário. O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Porto Alegre considerou o réu culpado pelos crimes de homicídio qualificado, bando armado (associação criminosa), fraude processual, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
O Júri entendeu que o motorista levou os dois executores até o local do crime e ficou aguardando para fugirem. O veículo tinha placas clonadas e havia sido furtado. Após o crime, o automóvel foi incendiado.
Há uma série de quatro júris previstos para ocorrerem neste ano sobre o mesmo caso.
Em outro processo sobre o mesmo caso, foram julgadas e condenadas, em 2016, duas pessoas apontadas como os executores. Eliseu Pompeo Gomes e Fernando Junior Treib Krol foram sentenciados a 27 anos e 10 meses de reclusão pelos mesmos crimes de Robinson.
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