| 21 janeiro, 2022 - 14:00

Consultoria que empregou Moro recebeu R$ 40 milhões de empresas alvos da “lava jato”

 

A consultoria Alvarez & Marsal, para a qual Sergio Moro foi trabalhar depois que deixou o governo Bolsonaro, informou ao Tribunal de Contas da União que 75% de todos os honorários que recebe no Brasil são provenientes de empresas investigadas pela “lava jato”. Reprodução Segundo reportagem da revista Veja, nos últimos anos a consultoria recebeu quase

A consultoria Alvarez & Marsal, para a qual Sergio Moro foi trabalhar depois que deixou o governo Bolsonaro, informou ao Tribunal de Contas da União que 75% de todos os honorários que recebe no Brasil são provenientes de empresas investigadas pela “lava jato”.

Reprodução

Segundo reportagem da revista Veja, nos últimos anos a consultoria recebeu quase R$ 42,5 milhões de empresas pilhadas pela atuação de Sergio Moro e do Ministério Público Federal: R$ 1 milhão por mês da Odebrecht e da Atvos (antiga Odebrecht Agroindustrial); R$ 150 mil da Galvão Engenharia; R$ 115 mil do Estaleiro Enseada (que tem como sócias Odebrecht, OAS e UTC); e R$ 97 mil da OAS.

O TCU recebeu essas informações no bojo da investigação da atuação de Moro: suas decisões, como juiz, ajudaram a colocar as empresas em situação financeira delicada; alguns anos depois, ele passou a trabalhar na consultoria responsável pela condução de várias dessas recuperações judiciais.

Segundo a revista Veja, no entanto, a Alvarez & Marsal não quer informar ao TCU quanto pagou a Moro no período em que ele trabalhou lá. A consultoria teria dito que não considera o TCU o órgão competente para investigar uma relação privada.

Publicamente, a empresa garante que Moro nunca trabalhou diretamente para nenhuma das empresas que ajudou a afundar. Já Sergio Moro, quando questionado, desconversa e diz que vai divulgar as informações sobre sua remuneração “no momento oportuno”.

Conjur


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