desembargadora Judite Nunes realizou, na manhã desta terça-feira, 30, a última participação na 2a Câmara Cível do TJRN, órgão julgador do qual esteve à frente no período de 2013 a 2018, pouco após presidir o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, no biênio 2011-2012. A integrante da Corte potiguar se aposenta após 24 anos de atuação no Poder Judiciário potiguar, cujo ingresso se deu em novembro de 1997. Sua carreira na área do Direito foi iniciada em 1970 como procuradora jurídica da CAERN.
Na sequência atuou como promotora de Justiça em 1971 e procuradora de Justiça em 1987, no Ministério Público Estadual, além de ter exercido os cargos de corregedora regional eleitoral e presidente do TRE/RN, em 1998. Na sessão desta terça, a despedida se deu em uma sessão por meio de videoconferência, com o julgamento de mais de 260 recursos.
“A hora da aposentadoria chegou, porém não é um momento de tristeza. É mais um ciclo que se fecha”, disse a desembargadora, primeira mulher a presidir o TJRN e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN) e que destacou preferir ter escrito o que gostaria de dizer na última sessão da Câmara. “Fiz isso para não ser traída pela emoção”, complementa.
Para a desembargadora, a missão, em mais de 50 anos de carreira – sendo 26 deles no Ministério Público, foi cumprida com a busca pela consciência em paz. “Agradeço também aos integrantes do meu gabinete que sempre me deram apoio incondicional. Um verdadeiro trabalho em equipe”, aponta, em tom de agradecimento.
“Em nome da advocacia, digo que vossa excelência dignificou a magistratura potiguar”, destacou o advogado Wlademir Capistrano, logo após a defesa do processo que estava pautado na sessão, enquanto o advogado Elísio Ferreira, reforçava a representação da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Rio Grande do Norte (OAB/RN), na última sessão da desembargadora: “Carreira vitoriosa e de respeito a nós advogados”.
Para o atual presidente da 2a Câmara Cível, desembargador Ibanez Monteiro, as palavras ditas vão além de um elogio, mas entende como um reconhecimento a toda qualidade desenvolvida pela até então integrante do órgão julgador.
“História linda com a Justiça. Mais de 20 anos neste tribunal. Temos o reconhecimento do desempenho e de uma convivência harmoniosa com todos os colegas. Fica minha gratidão por todos aprendizados que tive”, acrescenta Ibanez Monteiro, seguido pelo desembargador Virgílio Macêdo Jr. “Me associo a tudo que o desembargador Ibanez destacou e acrescento que a indicação para compor o TJRN foi uma das mais acertadas e justíssima”, avalia.