| 9 setembro, 2021 - 15:24

Barroso sobre Bolsonaro: “Falta de compostura nos envergonha no mundo”; veja

 

Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, iniciou sessão da Corte nesta quinta-feira, 9, discursando sobre a situação do Brasil e as graves falas do presidente da República relacionadas à Justiça Eleitoral. Em duro discurso, disse que a falta de compostura do chefe do Executivo nos envergonha perante o mundo, e que a marca Brasil sofre, neste

Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, iniciou sessão da Corte nesta quinta-feira, 9, discursando sobre a situação do Brasil e as graves falas do presidente da República relacionadas à Justiça Eleitoral. Em duro discurso, disse que a falta de compostura do chefe do Executivo nos envergonha perante o mundo, e que a marca Brasil sofre, neste momento, desvalorização global. “A incivilidade é uma derrota do espírito.”

Assista a trecho: 

Com o didatismo que lhe é inerente, o ministro deu uma aula sobre democracia. Falou sobre as provações pelas quais as democracias contemporâneas têm passado e que vivem um momento delicado em várias partes do mundo. Explicou, também, como esse movimento de erosão acontece: não pelas armas dos generais ou golpes de estado, mas pela condução de líderes políticos eleitos pelo voto popular mas que, em seguida, desconstroem os pilares que sustentam a democracia.

Para o ministro, há três fenômenos em curso: o populismo, o extremismo e o autoritarismo.

“O populismo tem lugar quando líderes carismáticos manipulam as necessidades e medos da população. As estratégias mais conhecidas praticadas no mundo são: i) uso das redes sociais, estabelecendo comunicação direta com as massas para inflamá-las; ii) desvalorização ou cooptação das instituições de mediação da vontade popular, como o legislativo, a imprensa e as entidades da sociedade civil; e iii) o ataque às Supremas Cortes ou Cortes constitucionais, que têm o papel de, em nome da Constituição, limitar e controlar o Poder.

Em segundo lugar vem o extremismo, que se manifesta pela intolerância, agressividade, e ataque às instituições e às pessoas. É a não aceitação do outro. O esforço para desqualificar ou destruir aqueles que pensam de maneira diferente. Cultiva-se o conflito do “nós contra eles”. O extremismo tem se valido de campanhas de ódio, de campanhas de desinformação, meias verdades e teorias conspiratórias que visam enfraquecer a democracia.”


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