| 18 agosto, 2021 - 10:05

Ataques de Bolsonaro ao STF emperram sabatina de Mendonça no Senado

 

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) não vê clima para pautar a indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Alcolumbre quer esperar a relação entre o presidente Bolsonaro e o Judiciário melhorar para submeter o nome de Mendonça à aprovação do colegiado. É só

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O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) não vê clima para pautar a indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Alcolumbre quer esperar a relação entre o presidente Bolsonaro e o Judiciário melhorar para submeter o nome de Mendonça à aprovação do colegiado. É só depois desse passo que o indicado do presidente deve passar pela sabatina do plenário.

Alcolumbre tem sido pressionado pelo Palácio do Planalto a pautar a indicação o quanto antes. Até agora, porém, não se comprometeu com a data. A interlocutores, o senador tem afirmado que não levará o nome de Mendonça ao colegiado até setembro. Parte de seus colegas defende que a indicação só seja pautada ano que vem. Por ora, o presidente da CCJ diz que não cogita essa hipótese. Se a tensão entre os poderes se agravar, isso pode mudar.

O caminho de André Mendonça para ocupar a vaga do STF nunca foi fácil no Senado. Durante o recesso, em conversas com parlamentares, o ex-advogado-geral da União conseguiu melhorar sua imagem, mas a escalada de ataques de Bolsonaro ao Judiciário e à democracia, com a defesa do voto impresso, fez com que o aliado voltasse muitas casas para trás. Hoje o presidente Bolsonaro é apontado, tanto no Congresso como no STF, como o “maior entrave” para a aprovação de Mendonça.

O ex-AGU já procurou Alcolumbre várias vezes para uma conversa a sós. O senador sinalizou, por meio de um intermediário, que o encontro deve acontecer em breve.

Alcolumbre também se irritou com a postura de bolsonaristas, como a deputada Bia Kicis (PSL-DF), que afirmaram que estava em suas mãos “salvar” a PEC do voto impresso, ao afirmar que há uma proposta na CCJ do Senado. Alcolumbre viu o ato como uma tentativa de transferir a ele o desgaste sobre o tema.

Bela Megale


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