| 7 junho, 2021 - 14:20

Bolsonaro diz a evangélicos que vaga de Aras no STF ficou para 2023

 

Jair Bolsonaro tem procurado tranquilizar as lideranças evangélicas sobre a indicação do advogado-geral da União, André Mendonça, para a vaga de Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo com os sinais dados pelo Senado de que pode vetar a nomeação. Se a promessa será mantida nas próximas semanas, só o tempo dirá — o presidente já

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Jair Bolsonaro tem procurado tranquilizar as lideranças evangélicas sobre a indicação do advogado-geral da União, André Mendonça, para a vaga de Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo com os sinais dados pelo Senado de que pode vetar a nomeação. Se a promessa será mantida nas próximas semanas, só o tempo dirá — o presidente já foi imprevisível ao escolher Kassio Nunes Marques para a vaga de Celso de Mello no ano passado.

Para enterrar de vez a possibilidade de colocar no STF, Bolsonaro disse recentemente a pastores que conversou com o próprio sobre o tema. O presidente acenou ao procurador-geral da República, afirmam lideranças evangélicas, com uma indicação ao Supremo em um suposto segundo mandato (em 2023, vão se aposentar os ministros Ricardo Lewandovski, em maio, e Rosa Weber, em outubro). Embora tenha passado a circular entre pastores ao longo do primeiro semestre, Aras não conseguiu se tornar “terrivelmente evangélico”, sarrafo que o próprio Bolsonaro colocou para a vaga na Corte.

Para passar mais segurança à bancada evangélica de que não será pega de surpresa, Mendonça vem dizendo que já esteve com 40 senadores nos últimos dois meses. Bolsonaro havia pedido para o seu AGU se movimentar porque percebeu que nos bastidores crescia a tese de que o Senado não aceitaria a escolha.

O suspense sobre a vaga no STF termina dia 5 de julho, com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello. Até lá, segue a expectativa de que Bolsonaro mudará de ideia e abandonará o projeto André Mendonça. Além de Aras, outros nomes são lembrados nas bolsas de apostas: o do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, que perdeu força por ser ligado ao senador Renan Calheiros; o do ministro do TCU, Jorge Oliveira, amigo da família presidencial; o do desembargador William Douglas, que recentemente esteve com o presidente da Câmara, Arthur Lira, em busca de apoio; o do presidente do Republicanos, o bispo licenciado da Universal, Marcos Pereira; e o mais recente especulado, o do presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Gilson Lemes.

O Globo


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