| 28 abril, 2021 - 14:15

Cúpula da OAB protesta contra atuação política de Felipe Santa Cruz

 

Um movimento na diretoria nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) mostra a insatisfação com as manifestações políticas do presidente da Ordem, Felipe Santa Cruz, e o embate interno que se forma de maneira clara. O vice-presidente da Ordem, Luiz Viana Queiroz, e outros dois dos cinco integrantes da diretoria assinam um manifesto que

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Um movimento na diretoria nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) mostra a insatisfação com as manifestações políticas do presidente da Ordem, Felipe Santa Cruz, e o embate interno que se forma de maneira clara. O vice-presidente da Ordem, Luiz Viana Queiroz, e outros dois dos cinco integrantes da diretoria assinam um manifesto que será publicado nesta quarta-feira (28) dizendo que é preciso ‘corrigir rumos’ da entidade e pedindo para que a entidade se “afaste das disputas político-partidárias”.

Além de Viana, que admite abertamente que quer ser candidato a presidente da OAB em 2022, assinam o documento o secretário-geral adjunto, Ary Raghiant Neto, e o diretor-tesoureiro, José Augusto Araújo de Noronha. Ao Correio, Viana diz que esse texto, com o título ‘Manifesto do movimento em defesa da advocacia’, deve ser assinado também por centenas de advogados, entre presidentes e conselheiros das seccionais.

Ele evitou críticas diretas ao presidente, dizendo que não iria ‘personalizar crítica a ninguém’, mas afirmou que se observam esforços e energias dispersas em outras áreas, e que o momento é de foco. “A OAB não tem dono e nem partido, e uma eventual candidatura do presidente Felipe Santa Cruz no Rio de Janeiro não é problema da OAB. Isso diz respeito a ele. A OAB está no campo de Direito, e não na política partidária”, frisou.

O texto traz o mesmo teor da fala de Viana: “Temos orgulho da história e da tradição de lutas da Ordem dos Advogados do Brasil, ao longo de seus 90 anos, mas é preciso que façamos uma correção de rumos que nos afaste das disputas político-partidárias e recupere a credibilidade e eficiência da instituição, outrora inquestionáveis. Voz independente e abalizada da sociedade civil, sempre foi capaz de negociar o que é negociável (…) e, ao mesmo tempo, enfrentar com altivez as ameaças e violações do que é inegociável, como é o caso de nossas prerrogativas”, diz o manifesto.

Correio Braziliense


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