| 25 abril, 2021 - 09:03

Juízes criticam textos de advogados e indicam espaço para ampliar recursos visuais em processos

 

Impulsionada nos últimos dois anos no Brasil, a utilização de elementos gráficos na área jurídica para melhorar a comunicação pode oferecer alternativas a pontos problemáticos apontados por juízes federais em manifestações de advogados ao longo de um processo, as petições judiciais. A avaliação do grupo de estudos VisuLaw, que reúne mais de cem profissionais entusiastas da aplicação da técnica

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Impulsionada nos últimos dois anos no Brasil, a utilização de elementos gráficos na área jurídica para melhorar a comunicação pode oferecer alternativas a pontos problemáticos apontados por juízes federais em manifestações de advogados ao longo de um processo, as petições judiciais.

A avaliação do grupo de estudos VisuLaw, que reúne mais de cem profissionais entusiastas da aplicação da técnica chamada visual law, decorre das respostas, de maio a novembro de 2020, de cerca de 150 juízes federais de forma anônima a um questionário para medir a aceitação dos elementos visuais.

​O resultado mostra que reclamações sobre argumentação genérica e redação prolixa lideram a lista, mas questões relacionadas à estética e à objetividade também têm destaque.

Dos juízes participantes, 62% criticam o excesso de páginas e 44% o de transcrição de jurisprudência nas petições. A má formação da peça foi citada por 31% dos magistrados.

Já a petição ideal é apontada justamente como aquela que apresenta redação objetiva, boa formatação e uma quantidade menor de páginas, soluções buscadas pela nova modalidade.

“A nova comunicação que está sendo proposta pelo visual law envolve também objetividade nas petições, para que fiquem mais claras e compreensíveis aos magistrados”, destaca o advogado e coordenador do grupo de estudos, Bernardo de Azevedo e Souza, que é professor de pós-graduação em direito na Universidade Feevale, de Novo Hamburgo (RS).

FolhaJus


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