Cerca de 250.000 pessoas deixaram de prestar o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em 2020. No ano, marcado pela pandemia, só uma prova foi aplicada, das 3 que são feitas anualmente.
De 2015 a 2019, em média 368.186 pessoas se inscreveram na prova, por ano. Em 2020, o número foi de 118.000. Já o exame de 2021 conta com um recorde de cerca de 180.000 inscritos. O número, maior do que as outras edições, pode ser resultado do represamento em 2020.
O exame tem duas fases. A 1ª, com todos os ramos do direito, e a 2ª, chamada de “prático-profissional”, traz questões específicas da área de atuação do futuro advogado.
Em 2020, a 1ª fase foi em fevereiro, e não foi impactada pelo coronavírus. Já a 2ª fase, inicialmente marcada para abril, foi remarcada 5 vezes e realizada em dezembro.
A próxima prova está marcada para 2021, mas não tem data para ser feita. A 32ª edição do exame da OAB, que seria feita no dia 7 de março, foi suspensa por causa da alta nos números de infecções e mortes pela covid-19 e pela presença das novas variantes do coronavírus.
Segundo nota da Coordenação Nacional do Exame de Ordem da OAB, a prioridade no momento é assegurar o “direito à saúde e à vida e garantir a segurança sanitária plena de todos os examinandos e profissionais envolvidos”.
Alternativas, como a aplicação da prova online, demandam “análises aprofundadas”, porque experiências já realizadas por outras entidades “não foram bem sucedidas”, de acordo com o órgão.
O anúncio da suspensão foi feito pela OAB 8 dias antes da prova. A informação, dada “em cima da hora”, preocupou estudantes que se preparam para prestar o exame.
Poder 360