A família do deputado Aécio Neves (PSDB-MG) vai receber uma indenização de R$ 2,1 milhões do Estado de Minas Gerais pelas terras pertencentes aos Neves que foram incorporadas ao aeródromo da cidade de Cláudio. A decisão da 1ª Instância dobrou o valor inicialmente estipulado pelas áreas.
Quase metade do valor já foi pago à família no início da obra. Agora, o Estado precisa desembolsar mais de R$ 1,1 milhão para a família do deputado. O valor ainda pode aumentar com os juros compensatórios de 6% ao ano. O Estado ainda pode recorrer da decisão.
Quase metade do valor já foi pago à família no início da obra. Agora, o Estado precisa desembolsar mais de R$ 1,1 milhão para a família do deputado. O valor ainda pode aumentar com os juros compensatórios de 6% ao ano. O Estado ainda pode recorrer da decisão.
O aeródromo de Cláudio foi construído na época em que Aécio era governador de Minas Gerais. A obra, realizada em 2010, no fim do 2º mandato do então governador, custou cerca de R$ 14 milhões para os cofres públicos. A escolha do local para a construção foi do próprio governo, que afirmou ser uma questão de utilidade pública.
Construído dentro de uma fazenda do tio de Aécio, o aeródromo funcionava quase como uma pista de pouso particular. O político utilizava o local sempre que estava na cidade, que fica 150 quilômetros da capital, Belo Horizonte. Além disso, as chaves que davam acesso à pista ficavam com a família do deputado, e não com o poder público.
Atualmente, a Prefeitura de Cláudio é a responsável pela administração do aeródromo. Aeronaves de pequeno porte podem utilizar a área, que agora se tornou pública.
Desde 2018, o MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais) tem um inquérito que investiga o superfaturamento da obra em Cláudio. Nenhum resultado foi divulgado até o momento. Outras investigações sobre o caso no mesmo órgão foram arquivadas.
Poder 360