O último item da pauta do plenário do STF de quarta-feira, 24, é o inquérito instaurado para apurar suposta interferência do Bolsonaro na PF. Os ministros devem decidir se, nesta investigação, Bolsonaro pode ou não prestar depoimento por escrito.
O julgamento em plenário teve início em outubro do ano passado, oportunidade na qual se manifestou o ministro Celso de Mello, às vésperas de sua aposentadoria, reiterando seu posicionamento – de que o presidente deve depor de forma presencial.
(Imagem: Clauber Cleber Caetano – PR )
Interferência da PF – Inquérito
Em abril, o ministro Celso de Mello autorizou a instauração de inquérito pedido pelo PGR, Augusto Aras, para apuração de fatos noticiados pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro em pronunciamento quando anunciou sua saída do governo.
À época, Moro fez graves acusações contra Jair Bolsonaro. O grande motivo de sua saída, segundo revelou, foi a intervenção política de Bolsonaro na Polícia Federal. “Não tinha como aceitar essa substituição. (…) Tenho que preservar o compromisso que assumi, com o próprio presidente, de que seriamos firmes no combate à corrupção.”
Moro destacou que Bolsonaro lhe deu carta branca sobre o comando da PF, o que não cumpriu, e que decidiu trocar a chefia sem qualquer justificativa plausível, situação que pode levar a “relações impróprias”.
Migalhas