A história de Samuel Santos da Silva é motivante. Tudo começa com as dificuldades com a família, depois a adoção por parte de um casal humilde, a entrada nos estudos sem nenhuma base, os trabalhos como vendedor de picolé, servente de pedreiro, faxineiro de Fórum até se tornar Bacharel em Direito e Especialista em Gestão Escolar.
Na adolescência passou a estudar para concursos públicos e acabou sendo aprovado nos cursos de Jornalismo e Direito na UNI-BH e Direito na PUC Minas. Para conseguir entrar no curso de Direito, uma professora de Educação Física do tempo da escola, Marília Proença, pagou a mensalidade. “O que me permitiu ingressar no tão sonhado ensino superior”, conta agradecido.
Daí em diante ele teve que ralar muito para conseguir pagar as mensalidades. Como estudante de Direito, Samuel passou a atuar como conciliador voluntário no Fórum da Comarca de Contagem e acabou sabendo da vaga de faxineiro. “Eu abracei como sendo uma maravilhosa oportunidade, o que realmente foi“, contou.
O jovem passou a receber apoio dos funcionários da Justiça, inclusive de juízes como Wagner Cavalieri, Afonso José de Andrade, entre outros, que ajudaram nos custos para a sua formação. “De forma voluntária me apadrinharam. Outros juízes me abraçaram e através destas mãos estendidas, com muito esforço eu consegui me formar“, contou.
Depois disso, ele não parou mais. Se tornou especialista em Gestão Escolar pela Universidade de São Paulo (USP), recebeu bolsas de estudo para a Universidade de La Verne (Califórnia) para cursos de curta duração, foi aprovado em cursos em Oxford, MIT, Harvard e Newcastle. Hoje trabalha na Procuradoria-Geral de Contagem. O pesquisador também possui várias participações em livros jurídicos e artigos em revistas jurídicas.
Através do seu conhecimento, ele tem ajudado outras pessoas a também ingressarem nos cursos. “O que mais me alegra é poder ser uma referência de perseverança e de motivação para muitos“, analisou.
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