Juiz do Trabalho, Ademar de Sousa Freitas ‘esqueceu’ de mencionar que é filiado ao MDB na hora de tentar a vaga de Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 24° Região, em Campo Grande. O caso está nas mãos do ministro da Justiça André Mendonça, braço direito do presidente Jair Bolsonaro.
Ademar está na lista tríplice para a vaga, junto com os também juízes Júlio César Bebber e João Marcelo Balsanelli. Porém, antes da escolha oficial do novo desembargador, foi descoberta a filiação partidária, o que travou o processo.
Inclusive, a situação é, neste momento, tema do Processo Administrativo nº 501.612/2020-4, que tramita no Conselho Superior da Justiça do Trabalho. A entidade foi a responsável por, via despacho, remeter o processo para o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
André Mendonça devolveu os autos, pedindo que o próprio Conselho promova mais diligências para averiguar a situação. Foi durante este processo que o próprio presidente do MDB municipal, Ulisses Rocha, confirmou a filiação de Ademar, mas afirmou que ele ‘jamais exerceu ou participou de qualquer atividade político-partidária’.
Ainda se adiantou, mesmo sem ser solicitado, em informar que foi pedida a exclusão, com urgência, do juiz dos quadros do MDB municipal.
No TRT-24, o processo é encabeçado pelo desembargador Nicanor de Araújo Lima. Porém, em última instância quem vai definir a situação é o braço direito de Bolsonaro, André Mendonça.
Há a possibilidade legal de Ademar, por não ter informado a filiação partidária, ser excluído da lista tríplice para desembargador do Tribunal.
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