Grupo formado por militares divulgou no último sábado, 13, manifesto contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello. O documento foi publicado na esteira dos desentendimentos entre o presidente Jair Bolsonaro e o STF sobre a atuação das Forças Armadas como Poder Moderador na República. O ministro Luiz Fux concedeu uma liminar alegando que o poder de “chefia das Forças Armadas é limitado” e que não há qualquer margem para interpretações que permitam sua utilização para “indevidas intromissões” no funcionamento dos outros Poderes.
O manifesto é endereçado ao decano Celso de Mello e conta com assinaturas de integrantes da Marinha, da Aeronáutica e do Exército. O documento afirma que “nenhum militar deixa de fazer do seu corpo uma trincheira em defesa da Pátria e da Bandeira” e que “nenhum militar tergiversa, nem se omite, nem atinge o generalato e, nele, o posto mais elevado, se não merecer o reconhecimento dos seus chefes, o respeito dos seus pares e a admiração dos seus subordinado.”
O decano, que é o relator do inquérito sobre as supostas interferências políticas de Bolsonaro na PF, desagradou as Forças quando disse que os generais do Planalto deveriam depor como testemunhas na ação iniciada após as acusações de Moro. Mais criticas ao decano foram feitas após ele enviar à Procuradoria-Geral da República um pedido de apreensão do celular do presidente. O pedido foi arquivado por Augusto Aras.
Estadão