| 23 outubro, 2019 - 13:45

500 farmácias vão à Justiça contra WhatsApp por bloqueio de contas

 

Tratam-se de perfis de negócios, do aplicativo WhatsApp Business, dedicado a empresas e não a pessoas físicas

A Anfarmag, associação de farmácias de manipulação, entrou na Justiça contra o Facebook, dono do WhatsApp, para representar estabelecimentos que tiveram as contas bloqueadas no aplicativo. Segundo a entidade, 500 empresas foram afetadas pelo cancelamento.

Tratam-se de perfis de negócios, do aplicativo WhatsApp Business, dedicado a empresas e não a pessoas físicas.

Os bloqueios, segundo Marco Fiaschetti, diretor-executivo da entidade, se intensificaram nos últimos dez dias, o que levou a associação a recorrer judicialmente.

“Não temos ideia de qual foi a violação das farmácias, visto que foram bloqueados perfis muito distintos, de pequenos a grandes negócios, que faturam muito ou pouco”, afirmou.

Logo do WhatsApp; contas comerciais de 500 farmacêuticas foram bloqueadas
Logo do WhatsApp; contas comerciais de 500 farmacêuticas foram bloqueadas – Thomas White/Reuters

Os avisos do WhatsApp aos comerciantes foram genéricos. Informavam, apenas, que as contas haviam violado regras dos termos de uso. As farmácias alegam que tentaram entrar em contato com o suporte da empresa, mas não receberam resposta.

Segundo Fiaschetti, as farmacêuticas usavam o canal de comunicação, principalmente, para o envio de orçamentos a clientes a partir de prescrições médicas. Elas desconfiam que o bloqueio tenha sido motivado pela venda de remédios pelo aplicativo.

A associação defende que as farmácias têm permissão da Anvisa para atendimento e venda remota de produtos e medicamentos.

Uma resolução da diretoria da agência, de 2009, determina que “somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto, como telefone, fac-símile (fax) e internet”.

A regra também declara que “é vedada a comercialização de medicamentos sujeitos a controle especial [tarja vermelha ou preta] solicitados por meio remoto”.

Folha de S. Paulo


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