| 26 maio, 2020 - 12:42

MPF imputa indícios de participação ativa de Witzel no comando das contratações de empresas investigadas

 

O Ministério Público Federal (MPF) aponta, na apuração da Operação Placebo, que há indícios de participação ativa do governador Wilson Witzel tanto quanto ao conhecimento e quanto ao comando das contratações realizadas com as empresas investigadas por desvios na área da Saúde. Para o MPF, isso aconteceu mesmo sem o governador ter diretamente assinado os documentos.  O

O Ministério Público Federal (MPF) aponta, na apuração da Operação Placebo, que há indícios de participação ativa do governador Wilson Witzel tanto quanto ao conhecimento e quanto ao comando das contratações realizadas com as empresas investigadas por desvios na área da Saúde. Para o MPF, isso aconteceu mesmo sem o governador ter diretamente assinado os documentos. 

Alexandre Cassiano/O Globo

O governador Wilson Witzel e a primeira-dama Helena Witzel serão ouvidos pela Polícia Federal no âmbito da operação deflagrada nesta terça-feira. Na decisão em que determinou a ação, o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirma que a PF de “proceder a oitiva imediatada dos investigados” e cita ambos, além de outras cinco pessoas.

A Procuradoria-Geral da República afirma que prova recebida da Procuradoria da República do Rio de Janeiro aponta “indicativo de possível ajuste ilícito” entre Mário Peixoto, preso há duas semanas, e o governador. Peixoto é apontado como sócio oculto do Instituto Unir Saúde, responsável pela administração de Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A organização social tinha sido proibida em outubro do ano passado de fazer contratos com o poder público por constatação de irregularidades na prestação de serviços, mas um ato de Witzel em março revogou essa proibição.

Para os investigadores, ao usar o fundamento de “conveniência e oportunidade” para revogar a proibição, a decisão do governador demonstra “forte possibilidade de existência de ajustes para o desvio de dinheiro público”.

A PGR relatou ainda que prova recebida da Justiça Federal do Rio mostra a existência de um contrato de uma empresa da primeira-dama, Helena Witzel, com uma das empresas investigadas, tendo inclusive havido transferência bancária entre elas.

O Globo


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