O deputado estadual Rodrigo Bacellar (União), presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) saiu hoje da prisão, após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes confirmar a decisão tomada ontem pelos deputados estaduais fluminenses, e determinar sua soltura.
Bacellar deixou a sede da Polícia Federal no Rio por volta das 19h20. Ele já saiu do prédio portando a tornozeleira eletrônica, conforme determinado por Moraes.
Moraes determinou medidas cautelares. Bacellar segue afastado do cargo de presidente da Alerj, deve usar tornozeleira eletrônica e ficar em casa das 19h às 6h em dias de semana e o dia inteiro aos fins de semana. Ele também está proibido de se comunicar com os demais investigados e seus passaportes devem ser entregues à PF (Polícia Federal).
Decisão prevê que deputado possa participar de sessões ou votações na Alerj. No texto, Moraes afirma que, caso os trabalhos na Casa se estendam para além das 19h, Bacellar poderá participar, desde que justifique o descumprimento do “recolhimento domiciliar noturno” ao STF dentro de 24h.
Moraes foi quem determinou a prisão preventiva do deputado, no dia 3. Bacellar foi alvo da Operação Unha e Carne e, segundo a investigação, vazou dados de uma operação policial realizada em setembro para o hoje ex-deputado estadual TH Joias (MDB).
A Alerj aprovou soltura segunda-feira por 42 a 21. Enquanto deputados de oposição reforçaram a possibilidade de vínculo entre Bacellar e o crime organizado, a base aliada destacou o suposto caráter arbitrário na prisão do presidente da Casa, que não foi alvo de outras medidas cautelares antes da prisão.
Ontem, a Alerj notificou STF por email. A assembleia confirmou a movimentação em nota divulgada à imprensa e publicou no Diário Oficial do estado do Rio a Resolução 1316 de 2025, que determina que “fica revogada a prisão preventiva” de Bacellar.
Bacellar estava preso desde a última quarta na Superintendência da Polícia Federal no Rio. Ele é suspeito de vazar informações sigilosas de operação contra o ex-deputado TH Joias (MDB) e orientá-lo a destruir provas. TH Joias está preso desde setembro, por suspeita de integrar a facção criminosa Comando Vermelho.
Fonte: Uol