| 30 julho, 2025 - 21:43

Presidente Lula sanciona lei que proíbe uso de animais em testes de cosméticos

 

O Projeto de Lei n° 3062/2022, de autoria do ex-deputado Ricardo Izar, estabelece a proibição total do uso de animais vivos para testes de ingredientes ou produtos cosméticos no território nacional.

Imagem gerada com IA/Freepik

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira, 30, a lei que proíbe o uso de animais vivos em testes laboratoriais para desenvolvimento de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.

A cerimônia no Palácio do Planalto contou com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, além de parlamentares e representantes de organizações de proteção animal.

Durante o evento, Lula classificou a norma como uma lei que “defende a soberania animal”. “As criaturas que têm como habitat natural o planeta Terra não vão ser mais cobaias de experiências neste país”, afirmou o presidente.

A ministra Marina Silva destacou que a medida representa “investimento em vida, civilidade e respeito”, colocando o Brasil em linha com outros países que já adotaram práticas similares.

O Projeto de Lei n° 3062/2022, de autoria do ex-deputado Ricardo Izar, estabelece a proibição total do uso de animais vivos para testes de ingredientes ou produtos cosméticos no território nacional.

Além de vetar a realização dos testes, a legislação também proíbe a comercialização de produtos cosméticos que tenham sido testados em animais após a entrada em vigor da norma.

A proposta prevê ainda a substituição dos métodos tradicionais por tecnologias avançadas, como modelos computacionais, bioimpressão 3D de tecidos, organoides e culturas celulares.

Segundo o relator na Câmara dos Deputados, Ruy Carneiro (Pode-PB), esses “métodos substitutivos vêm se consolidando como ferramentas confiáveis, éticas e muitas vezes mais eficazes” que os testes convencionais.

Implementação e fiscalização
A nova legislação altera as Leis 11.794/08 e 6.360/76, que regulamentavam os procedimentos com uso científico de animais para testes.

As autoridades sanitárias terão prazo de dois anos para implementar as medidas necessárias, incluindo o reconhecimento oficial dos métodos alternativos e a criação de um plano estratégico para disseminar essas tecnologias em todo o país.

A norma também estabelece que produtos e ingredientes fabricados antes da vigência da lei poderão continuar sendo comercializados.

No entanto, novos produtos lançados no mercado deverão obrigatoriamente seguir os métodos alternativos de testagem, sem envolver animais.

O projeto recebeu amplo apoio da sociedade civil, com um abaixo-assinado na plataforma Change.org que reuniu 1,68 milhão de assinaturas.

Fonte: Exame


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