| 14 julho, 2025 - 16:49

Moraes repreende advogado durante depoimento: ‘eu falo, o senhor fica quieto’

 

O advogado Jeffrey Chiquini, que defende tanto o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo quanto o ex-assessor da Presidência Filipe Martins, questionou Moraes sobre alguns pedidos feitos pela defesa de Martins e que ainda não tinha visto nos autos.

Foto: Fellipe Sampaio /STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), repreendeu o advogado de uma das defesas durante o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante sessão de depoimentos nesta segunda-feira (14).

“Enquanto eu falo o senhor fica quieto”, disse Moraes em um momento no qual o advogado interrompeu sua fala.

O advogado Jeffrey Chiquini, que defende tanto o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo quanto o ex-assessor da Presidência Filipe Martins, questionou Moraes sobre alguns pedidos feitos pela defesa de Martins e que ainda não tinha visto nos autos.

Em determinado momento, enquanto respondia, Chiquini passou a interromper Moraes. Foi, então, que o ministro rebateu: “Enquanto eu falo, o senhor fica quieto”.

Depois de indeferir todos os pedidos do advogado, o ministro do STF afirmou que a defesa não ditaria “se a PGR deve denunciar seu cliente no núcleo 1, 2 ou 3” e que, se quisesse fazer isso, ele deveria ter feito concurso para a PGR.

“Não é o senhor que vai ditar se a PGR deve denunciar seu cliente no núcleo 1, 2 ou 3. Senão, deveria ter feito concurso para a Procuradoria”.

O STF começou a ouvir nesta segunda-feira o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no âmbito das ações penais contra os núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista. Pela manhã, a Corte ouviu as testemunhas da acusação do núcleo 2.

Bolsonaro e Mauro Cid são réus na ação penal envolvendo o chamado “núcleo crucial” da trama golpista. Esse processo é o que está mais avançado na Corte, já na fase das alegações finais, a última etapa antes do julgamento.

Fonte: Valor


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