A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação da ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório, por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Desde o ano passado, a ex-mulher do ex-governador Ricardo Coutinho (PT) responde, no Supremo Tribunal Federal (STF), por cinco crimes, entre eles tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público.
De acordo com o despacho assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Pâmela teria atuado como executora material das invasões”. “Pâmela Monique Cardoso Bório foi denunciada como executora material dos crimes […] invadiu as sedes dos Três Poderes da República em Brasília/DF e depredou bens públicos”, diz em trecho.

O procurador também destacou que Pâmela levou o filho menor de idade aos ataques. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ela pergunta: “Estamos fazendo o que aqui?”, e o menino, então com 12 anos, responde: “Estamos fazendo história… tirar o Brasil da mão do comunismo tirano.” A presença do filho nas manifestações foi contestada na Justiça por Ricardo Coutinho, que solicitou a sua guarda.
Nas redes sociais, Pâmela compartilhou fotos e vídeos no interior do Congresso Nacional, ao lado de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ela aparece filmando o local acompanhada do filho.
A ex-primeira-dama alegou que sua presença teve caráter de “cobertura jornalística”, já que é formada em jornalismo pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Ela também declarou que o filho não estaria com ela, mas de férias com os tios. A PGR, porém, contesta essa versão:
“A narrativa, no entanto, não se coaduna com os elementos de prova acostados aos autos, que denotam a ativa contribuição de Pâmela […].
Pâmela Bório foi apresentadora de telejornais em afiliadas da Rede Globo e do SBT entre 2001 e 2010. Em 2008, foi eleita Miss Bahia. No ano seguinte, iniciou um relacionamento com Ricardo Coutinho, com quem se casou em 2011 e se divorciou em 2015.
Fonte: O Globo