O cancelamento de um voo da TAP entre Rio de Janeiro e Lisboa no sábado (24), depois que a empresa se recusou a embarcar um cão de serviço, repercutiu na imprensa de Portugal, que criticou a medida tomada pela companhia aérea.
Como a TAP é uma empresa pública, os gastos da companhia aérea foram o foco do debate em Portugal. O jornal “Correio da manhã”, um dos principais do país, trouxe nesta segunda-feira (26) a seguinte manchete: “Tap gasta meio milhão para impedir cão de voar”.
Considerando os cálculos do jornal em euro e convertendo para o real, o cancelamento do voo custou à empresa o equivalente a mais de R$ 3,2 milhões.

Uma nova audiência na Justiça está marcada para a semana que vem. Na tarde do último sábado, a empresa se recusou a cumprir a decisão judicial, no Aeroporto do Galeão, que determinava o embarque do animal. Um gerente da empresa foi autuado pela Polícia Federal por desobediência à decisão.
Tedy, como é chamado o cão de serviço, precisava ser levado para uma criança de 12 anos com espectro autista que está há 1 mês e meio em Lisboa. A menina, que aguardava pela chegada do cachorro, teve uma crise após saber que o animal não iria. Segundo o médico Renato Sá, pai da menina, ela é autista não-verbal e tem crises de agressividade e ansiedade. A função do cachorro é justamente amenizar as crises da criança.
A companhia aérea TAP informou à família que não transportaria o cão na cabine e sugeriu que ele fosse no bagageiro. Mas a passageira, irmã da criança que receberia o animal em Portugal, não concordou.
Essa não seria a primeira viagem de Tedy para o exterior. O cão já acompanhou a criança com espectro autista em uma viagem a Orlando, nos Estados Unidos.
Para isso, Tedy foi treinado a ficar horas sem comer, por exemplo..
Fonte: g1