| 10 novembro, 2024 - 08:02

Após advogado dizer que daria ‘surra’ em promotor, defesa deixa plenário e julgamento do Tribunal do Júri é interrompido

 

Uma sessão de julgamento que era realizada pelo Tribunal do Júri no Fórum da Comarca de Pirapozinho (SP) foi encerrada nesta sexta-feira (8) após os advogados da defesa deixarem o plenário. Em nota oficial enviada ao g1, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) informou que foi determinada a expedição de ofício à Ordem dos

Uma sessão de julgamento que era realizada pelo Tribunal do Júri no Fórum da Comarca de Pirapozinho (SP) foi encerrada nesta sexta-feira (8) após os advogados da defesa deixarem o plenário. Em nota oficial enviada ao g1, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) informou que foi determinada a expedição de ofício à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) comunicando o “abandono injustificado” do plenário.

O procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, emitiu uma nota pública em defesa da atuação do promotor de Justiça Yago Lage Belchior, que trabalha na Comarca de Pirapozinho.

Segundo o relato apresentado pelo chefe do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), um advogado, conversando com seu assistente, disse em plenário que daria uma “surra” no promotor de Justiça Yago Lage Belchior, durante a realização do julgamento pelo Tribunal do Júri no Fórum de Pirapozinho.

“O comentário afrontoso e pseudo-intimidador foi ouvido pela juíza que dirigia os trabalhos, que acabou multando os defensores por litigância de má-fé. Isso após eles se retirarem de plenário e impedir o prosseguimento do julgamento”, detalhou Oliveira e Costa.

Segundo o procurador-geral de Justiça, “o comentário caracteriza-se como afrontoso na medida em que joga por terra os princípios da civilidade e lhaneza que devem imperar entre aqueles que integram o sistema de Justiça”.

Além disso, segundo Oliveira e Costa, também “caracteriza-se como pseudo-intimidador na medida em que o seu efeito sobre o intimorato membro do MPSP é nulo”.

G1


Leia também no Justiça Potiguar

Comente esta postagem: