| 29 março, 2024 - 06:43

Promotor investiga o próprio Ministério Público por suposto pagamento ilegal de licença-prêmio

 

A 22ª Promotoria de Justiça da Capital instaurou um Procedimento Preparatório (nº 1448/2024) com o objetivo de apurar suposta ilicitude relativa ao pagamento retroativo de indenizações aos promotores e procuradores de Justiça do Ministério Público do Tocantins (MPTO). A investigação é conduzida pelo promotor Rodrigo Grise Nunes. A portaria de instauração foi publicada no Diário

A 22ª Promotoria de Justiça da Capital instaurou um Procedimento Preparatório (nº 1448/2024) com o objetivo de apurar suposta ilicitude relativa ao pagamento retroativo de indenizações aos promotores e procuradores de Justiça do Ministério Público do Tocantins (MPTO).

A investigação é conduzida pelo promotor Rodrigo Grise Nunes. A portaria de instauração foi publicada no Diário Oficial do MPTO nesta terça-feira (26/3).

As indenizações teriam sido pagas a título de licença-prêmio, porém, “sem amparo legal e sem previsão orçamentária para suportar tais despesas”. O benefício retroativo foi regulamentado no ano passado, em meio a críticas, pelo Colégio de Procuradores de Justiça do MPTO.

Reprodução

O benefício garante 3 meses de folga a cada 5 anos de trabalho, além das férias anuais. Essa licença também pode ser convertida em pecúnia (dinheiro).

A licença-prêmio é garantida, tão somente, aos promotores e procuradores de Justiça, que são considerados membros do Ministério Público. Os demais servidores do quadro administrativo não fazem jus à regalia. Atualmente a remuneração inicial para o cargo de promotor de Justiça é de R$ 28.884,20.

No ano passado, os gastos com salários no MPTO atingiram a marca de R$ 222 milhões. Em 2022, foram R$ 194 milhões, enquanto que em 2021, R$ 181 milhões, e em 2020, R$ 127 milhões. Em quatro anos, o aumento nos gastos com pessoal foi de R$ 95 milhões.

AT Notícias


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