O ministro Alexandre de Moraes foi interrompido na manhã desta quinta-feira durante a sessão por videoconferência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Motivo: seu cachorro de estimação, Thor, começou a latir.
Moraes proferia voto que inaugurava a divergência ao ministro Luiz Edson Fachin, relator do processo, para definir se era válida ou não a candidatura da prefeita eleita de Paraíba do Sul (RJ), Dayse Deborah Alexandre Neves, registrada nas urnas como Dayse Onofre (PL).
– Todos os fatos… [Latidos] Eu tive uma ligeira intervenção aqui canina na minha exposição… [risos] Todos os fatos… [risos] Eu acho que não está concordando com a minha posição, não… Fez uma advertência… – disse Moraes, rindo junto com os demais colegas.
Moraes mencionava em seu voto que a peça de acusação contra a candidata eleita listava fatos que lhe pareciam “gravíssimos” e mereciam apuração, porém não tinham vínculo com o pedido de inelegibilidade.
Isso porque, de acordo com o ministro, o motivo do pedido para tornar Dayse inelegível era uma doação eleitoral acima do limite legal. Moraes falou que era preciso analisar isso pela “luz da razoabilidade”, já que o valor não era tão acima do máximo permitido.
Já a peça acusatória mencionava que “é esposa de ex-prefeito daquela municipalidade e ex-presidente de órgão estatal condenado por uso indevido dos meios de comunicação”.
– Pode ser gravíssimo isso do jeito que é, mas não tem nada a ver com a doação – disse Moraes.
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